Passar por uma situação desagradável deixa o passeio mais chato. Principalmente se envolve gente que não obedece regras e acaba tumultuando um ambiente. A cena pode ser em um parque, um palácio, uma igreja, no transporte público e principalmente em museus. Pode levantar a mão quem já topou com um espertinho que insistiu em fazer fotografias em um local proibido ou resolveu que o mundo girava em torno dele e que a atração mais visitada fosse de uso exclusivo.
Infelizmente não podemos desviar dessas pessoas e nem sabemos quando iremos topar com uma. O conselho então é sempre obedecer as regras de um local para não repetir o comportamente inconveniente.
Por exemplo, se um museu pede para não tirar fotos, cabe aos visitantes não fazerem nenhum registro. O relato de ver de pertinho o quadro “Guernica”, de Picasso, é mais interessante do que uma imagem borrada tirada com o celular escondido.
Durante nossa passagem pelo Museu Reina Sofía, em Madri, pudemos observar um homem tentando se dar bem. Não é preciso ser um especialista para afirmar que a foto ficou bem ruim. E qual a vantagem dele contar depois aos amigos e familiares que burlou a regra para ter o registro? Nenhum.
Museus são bons pontos de concentração de gente sem noção. Tem turista, mesmo não sendo tão apaixonado por arte, que aproveita a viagem para conhecer algumas das obras mais famosas do mundo. A ocasião acaba sendo uma oportunidade imperdível de estar perto e poder apreciar quadros renomados pintados há séculos.
O problema é dividir o espaço com quem monopoliza a atração para fazer selfies, snaps, post no Instragram, textão no Facebook e até tempo real para mostrar a obra. Há casos mais graves de pessoas que aprontam verdadeiros malabarismos para ter o registro mais original. E isso coloca em risco a peça e o humor de quem está por perto.
Como sempre, o bom senso é a regra principal para ter uma boa experiência. Boa parte dos museus autorizam fotografias desde que sem flash. Mesmo em obras tão concorridas, como a “Monalisa”, de Leonardo da Vinci, é possível apreciar e ainda fazer um registro legal sem atrapalhar os demais visitantes.
Um caso alarmante envolve igrejas e locais sagrados. Nunca tire da mente que são ambientes de oração. Memoriais que lembram vítimas de guerras e de massacres também exigem um comportamento adequado. O silêncio e o respeito precisam sempre estar em primeiro plano.
Fora de ambientes fechados, aparecem parques, praças e praias para os turistas aproveitarem. Acredito que a principal orientação seja não fazer aquilo que você não quer que façam contigo. Ou seja, não transformar o espaço público em uma terra sem lei. No final, não custa nada recolher o próprio lixo produzido.
O transporte é sem dúvidas campeão em produzir situações estressantes. Muitos locais só querem que os turistas não atrapalhem a locomoção. Por isso, na escada rolante do metrô, procure ficar no lado direito sempre deixando a esquerda livre. Quem está com pressa não quer ver o caminho bloqueado por alguém sem compromisso.
Outra situação acaba gerando desconforto aos demais passageiros do metrô, trem ou ônibus. Ficar no caminho da porta só é necessário quando for a estação que você vai desembarcar. Caso não, procure ficar no corredor e deixar o espaço livre para quem precisa descer.
Quando se fala em transporte é preciso acrescentar um trecho dedicado aos turistas atrasados. Nunca pense que sua prioridade é mais importante que do outro. Tentar cortar fila, ocupar um espaço que já está cheio e outras ações impulsivas só vão gerar mais inconvenientes. Pode não agilizar seu tempo e ainda prejudicar quem vem em seguida.
Inconveniências à parte, nada disso deve ser capaz de estagar as suas férias. Muita paciência e bom humor são chaves para superar qualquer empecilho chato. O importante é seguir as orientações da atração visitada e curtir a experiência para ter relatos inesquecíveis.
*Imagens: Pixabay